Aulas de Anatomia

31.10.06

Sistema Endócrino

O sistema endócrino consiste em um conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sangüínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo.

Agindo em conjunto com o Hipotálamo, parte integrante do cérebro, responsável pelo controle de toda atividade visceral, os hormônios atuam permitindo a manutenção da constância do meio interno ( HOMEOSTASIA).
Deste modo, os hormônios atuam como mensageiros, atuando em células específicas responsáveis por funções ligadas diretamente ao controle das funções corporais.

Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios no homem são o próprio hipotálamo, hipófise, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas ( ovários e testículos).

Figura:AVANCINI & FAVARETTO. Biologia – Uma abordagem evolutiva e ecológica. Vol. 2. São Paulo, Ed. Moderna, 1997.

!. HIPÓFISE (PITUITÁRIA)
Fonte: César & Cesar. Biologia 2 S.P Ed. SARAIVA 2002

Esta glândula tem aproximadamente o tamanho de uma ervilha, estando situada na sela turca ou fossa hipofisária sobre o corpo do osso esfenóide.
Encontra-se duiretamente ligada ao Hipotálamo pela haste hipofisária. Apresenta 2 lobos, um Anterior, a verdadeira parte glandular, conhecida como ADENOHIPÓFISE. O outro lobo, o posterior, conhecido como NEUROHIPÓFISE, não possui epitélio secretor, funcionando apenas como reservatório para armazenar os hormônios ADH e OCITOCINA.


Controle Neuro endócrino:
O cérebro, mais precisamente o HIPOTÁLAMO,exerce controle direto sobre a hipófise por meios de conexões neurais e substâncias semelhantes a hormônios chamados fatores desencadeadores ou liberadores) .
O Cérebro recebe informações de todas as vísceras, assim como também do próprio sangue. Qualquer informação a cerca da variação na homeostasia, como por exemplo mudanças do pH,da glicemia, ou simplesmente a liberação de um ovócito, chega no hipotálamo que "toma as providências " necessárias para responder ao estímulo envolvido.A hipófise é acionada por meio dos fatores liberadores ou inibidores e ,esta por sua vez lança no sangue os hormônios de efeito trófico envolvidos na variação ocorrida.
Por exemplo. Havendo liberação de um ovócito e este sendo fecundado, uma menságem chega ao hipotálamo informando-o da fecundação. A partir desta informação, o hipotálamo envia á hipófise, os Fatores Inibidores para o FSH ( hormônio estimulador do folículo ovariano) para que não haja liberação de outro ovócito enquanto houver ocorrendo a gestação.
Este controle recebe o nome de FEED-BACK



Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e está subordinada, por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o sistema endócrino é subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o mediador entre esses dois sistemas.

O hipotálamo também produz outros fatores de liberação que atuam sobre a adeno-hipófise, estimulando ou inibindo suas secreções. Produz também os hormônios ocitocina e ADH (antidiurético), armazenados e secretados pela neuro-hipófise.


HORMÔNIOS DA ADENOHIPÓFISE:

  • TSH - HORMÔNIO ESTIMULADOR DA TIREÓIDETireóide
    Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do controle da concentração sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.
  • ACTH - HORMÔNIO ESTIMULADOR DA CÓRTEX DA SUPRA RENAL
  • FSH - HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE
  • LH - HORMÔNIO LUTEINIZANTE
  • GH OU STH - HORMÔNIO DO CRESCIMENTO OU SOMATOTRÓFICO
  • PL - PROLACTINA





TIREÓIDE:

Localizada anteriormente, no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe ( tireóide e cricóide) traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de calor. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do controle da concentração sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.

SUPRA RENAIS

São duas glândulas localizadas sobre os rins, divididas em duas partes independentes – medula e córtex - secretoras de hormônios diferentes, comportando-se como duas glândulas. O córtex secreta três tipos de hormônios: os glicocorticóides ( CORTISOL), os mineralocorticóides ( ALDOSTERONA) e os androgênicos

GÔNADAS: hormônios femininos e masculinos

- SFH - O Hormônio Folículo-Estimulante: causa a proliferação das células foliculares ovarianas e estimula a secreção de estrógeno, levando as cavidades foliculares a desenvolverem-se e a crescer.
- LH - Hormônio Luteinizante: aumenta ainda mais a secreção das células foliculares, estimulando a ovulação.


Hormônios Sexuais Femininos
Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são responsáveis pelo desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. Esses hormônios, como os hormônios adrenocorticais e o hormônio masculino testosterona, são ambos compostos esteróides, formados, principalmente, de um lipídio, o colesterol. Os estrogênios são, realmente, vários hormônios diferentes chamados estradiol, estriol e estrona, mas que têm funções idênticas e estruturas químicas muito semelhantes. Por esse motivo, são considerados juntos, como um único hormônio.


Funções do Estrogênio: o estrogênio induz as células de muitos locais do organismo, a proliferar, isto é, a aumentar em número. Por exemplo, a musculatura lisa do útero, aumenta tanto que o órgão, após a puberdade, chega a duplicar ou, mesmo, a triplicar de tamanho. O estrogênio também provoca o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a circundam, faz o púbis se cobrir de pêlos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir a forma ovóide, em vez de afunilada como no homem; provoca o desenvolvimento das mamas e a proliferação dos seus elementos glandulares, e, finalmente, leva o tecido adiposo a concentrar-se, na mulher, em áreas como os quadris e coxas, dando-lhes o arredondamento típico do sexo. Em resumo, todas as características que distinguem a mulher do homem são devido ao estrogênio e a razão básica para o desenvolvimento dessas características é o estímulo à proliferação dos elementos celulares em certas regiões do corpo.
O estrogênio também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puberdade, mas promove rápida calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos que crescem se "extingam" dentro de poucos anos, de forma que o crescimento, então, pára. A mulher, nessa fase, cresce mais rapidamente que o homem, mas pára após os primeiros anos da puberdade; já o homem tem um crescimento menos rápido, porém mais prolongado, de modo que ele assume uma estatura maior que a da mulher, e, nesse ponto, também se diferenciam os dois sexos.
O estrogênio tem, outrossim, efeitos muito importantes no revestimento interno do útero, o endométrio, no ciclo menstrual.


Funções da Progesterona: a progesterona tem pouco a ver com o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos; está principalmente relacionada com a preparação do útero para a aceitação do embrião e à preparação das mamas para a secreção láctea. Em geral, a progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias e, também, das células que revestem a parede uterina, acentuando o espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos sangüíneos; determina, ainda, o surgimento de numerosas glândulas produtoras de glicogênio. Finalmente, a progesterona inibe as contrações do útero e impede a expulsão do embrião que se está implantando ou do feto em desenvolvimento

TESTOSTERONA
Efeito na Espermatogênese. A testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela deve estar presente, também, junto com o folículo estimulante, antes que a espermatogênese se complete.
Efeito nos caracteres sexuais masculinos. Depois que um feto começa a se desenvolver no útero materno, seus testículos começam a secretar testosterona, quando tem poucas semanas de vida apenas. Essa testosterona, então, auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais masculinos e características secundárias masculinas. Isto é, acelera a formação do pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas seminais, dos ductos deferentes e dos outros órgãos sexuais masculinos. Além disso, a testosterona faz com que os testículos desçam da cavidade abdominal para a bolsa escrotal; se a produção de testosterona pelo feto é insuficiente, os testículos não conseguem descer; permanecem na cavidade abdominal. A secreção da testosterona pelos testículos fetais é estimulada por um hormônio chamado gonadotrofina coriônica, formado na placenta durante a gravidez. Imediatamente após o nascimento da criança, a perda de conexão com a placenta remove esse feito estimulador, de modo que os testículos deixam de secretar testosterona. Em conseqüência, as características sexuais interrompem seu desenvolvimento desde o nascimento até à puberdade. Na puberdade, o reaparecimento da secreção de testosterona induz os órgãos sexuais masculinos a retomar o crescimento. Os testículos, a bolsa escrotal e o pênis crescem, então, aproximadamente mais 10 vezes.
Efeito nos caracteres sexuais secundários. Além dos efeitos sobre os órgãos genitais, a testosterona exerce outros efeitos gerais por todo o organismo para dar ao homem adulto suas características distintivas. Faz com que os pêlos cresçam na face, ao longo da linha média do abdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham predisposição hereditária para ela. Estimula o crescimento da laringe, de maneira que o homem, após a puberdade fica com a voz mais grave. Estimula um aumento na deposição de proteína nos músculos, pele, ossos e em outras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se torna geralmente maior e mais musculoso do que a mulher, nessa fase. Algumas vezes, a testosterona também promove uma secreção anormal das glândulas sebáceas da pele, fazendo com que se desenvolva a acne pós-puberdade na face.
Na ausência de testosterona, as características sexuais secundárias não se desenvolvem e o indivíduo mantém um aspecto sexualmente infantil.

fonte:http://www.afh.bio.br/reprod/reprod3.asp#hormfem

Controle da Glicemia:

Pâncreas
É uma glândula mista ou anfícrina – apresenta determinadas regiões endócrinas e determinadas regiões exócrinas (da porção secretora partem dutos que lançam as secreções para o interior da cavidade intestinal) ao mesmo tempo. As chamadas ilhotas de Langerhans são a porção endócrina, onde estão as células que secretam os dois hormônios: insulina e glucagon, que atuam no metabolismo da glicose.

HORMÔNIOS ARMAZENADOS NA NEUROHIPÓFISE :

OCITOCINA - na mama, atua nos ductos lactíferos promovendo a ejeção do leite e no útero promove as contrações do miométrio

ADH - também conhecido por VASOPRESSINA, este hormônio atua nos tubos coletores dos rins, controlando a liberação da água.

9.10.06

Fígado


FÍGADO

É a maior glândula exócrina do corpo humano, localizado no hipocôndrio direito, pesa entre 1.300 e 1.500 gramas, nos homens, e 1.200 gramas nas mulheres. É constituído por milhões de células, chamadas de hepatócitos. A cada célula cabe a produção de diversas substâncias essenciais para o equilíbrio do organismo humano. Recebe o sangue venoso que vem da maior parte do trato gastrintestinal através de uma grande veia: a veia porta.

Entre as suas funções, as mais importantes são:
• receber os nutrientes e as substâncias absorvidas no intestino;
• modificar a estrutura química de medicamentos e outras substâncias, atenuando, inativando ou ativando essas substâncias, pela ação de suas enzimas;
• neutralizar eventuais substâncias tóxicas que sejam ingeridas;
• armazenar nutrientes como a glicose, aminoácidos e ácidos graxos (gorduras primárias, usadas para produzir gorduras mais complexas);
• produzir, a partir desses nutrientes, proteínas e lipoproteínas usadas pelo organismo, como a albumina (principal proteína constituinte do sangue), os fatores de coagulação e o colesterol;
• ajudar a regular a concentração de glicose no sangue
produzir a bile.
ANATOMIA:

O fígado apresenta duas faces, uma em contato com o músculo diafrágma - Face diafragmática, e outra voltada para as vísceras abdominais - Face visceral. Divide-se em lobos anatômicos (D e E) separados pelo ligamento falciforme. Cirurgicamente, esta divisão é feita ao nível do porta-hepatis (local onde a artéria hepática e a veia porta se dividem em ramos D e E). Os lobos D e E cirúrgicos podem ser subdivididos em 8 segmentos os quais são usados para orientar as ressecções.
Suprimento sangüíneo Þ veia porta (70-80%) e artéria hepática. Pela veia porta chega ao fígado todo material absorvido nos intestinos, com exceção de parte dos lipídios que é transportada por via linfática. Graças a essa característica, ele se encontra em posição privilegiada para metabolizar e acumular nutrientes e neutralizar e eliminar substâncias tóxicas absorvidas. A veia porta é formada pela junção da veia mesentérica superior e veia esplênica e se dirige para o lobo D a medida que se aproxima do porta-hepatis. Ramifica-se num tronco curto D (lobo superior D, área à direita da vesícula, porção ântero-superior do fígado) e num tronco E mais longo (região lateral do lobo E, lobos quadrado e caudado). Cada ramo terminal tem um território nitidamente definido. A artéria hepática e seus ramos são bem menos constantes. Em 55% das pessoas ela se origina diretamente da artéria celíaca mas, no restante, pode se originar da mesentérica superior, gastroduodenal, gástrica D ou E ou até mesmo da aorta. Dentro do fígado, seguem os ramos da veia porta. A maior parte do fluxo vai para o estroma, ductos biliares e vesícula biliar. As veias hepáticas são retas e drenam posteriormente para a veia cava posterior (a D drena o lobo superior D, a E drena o lobo E e a intermediária drena a área suprida pelas ramos D e E da veia porta).
Cirrose hepática - pode ser definida anatomicamente como um processo difuso de fibrose e formação de nódulos, acompanhando-se freqüentemente de necrose hepatocelular. Apesar das causas variarem, todas resultam no mesmo processo.
As manifestações clínicas das hepatopatias são diversas, variando de alterações laboratoriais isoladas e silentes até uma falência hepática dramática e rapidamente progressiva. Esse espectro amplo reflete em parte um grande número de processos fisiopatológicos que podem lesar o fígado, e em parte a grande capacidade de reserva do órgão.
Estima-se que aproximadamente 40% dos pacientes com cirrose são assintomáticos. Uma vez que os sintomas se manifestam, no entanto, o prognóstico é severo e os custos econômicos e humanos são altos. A cirrose contabiliza cerca de 26.000 mortes por ano nos E.U.A., e mais de 228.145 anos potenciais de vida perdidos. O paciente com cirrose alcoólica perde em média 12 anos de vida produtiva, muito mais que a cardiopatia ( 2 anos ) e o câncer ( 4 anos ). Esses dados só reforçam a necessidade de um diagnóstico precoce.

Abscessos amebianos no fígado. As amebas (Entamoeba histolytica) que causam lesão no intestino grosso podem, através da veia porta, atingir o fígado causando lesões necróticas incorretamente chamadas de abscessos amebianos. Incorretamente, porque abscesso é por definição uma inflamação com acúmulo de exsudato purulento. No caso, não há pus. O que há é necrose tecidual causada pelos protozoários e suas enzimas histolíticas. Portanto, o melhor termo é necrose amebiana hepática. Na peça há duas lesões deste tipo, vistas na face anterior como áreas escavadas e irregulares, de paredes anfractuosas. Uma delas é observada também em corte no verso da peça. No centro desta superfície cortada do fígado há multiplos pequenos cistos confluentes, que nada têm a ver com a amebíase. Trata-se de putrefação, decorrente de demora na fixação do fígado. Sendo órgão volumoso e compacto, o formol penetra com dificuldade nas regiões centrais, dando oportunidade à proliferação pós-mortal de bactérias produtoras de gás. O aspecto é conhecido como 'em queijo suíço' e ocorre também em outros órgãos sólidos, como o cérebro, quando a fixação é inadequada. http://www.fcm.unicamp.br/departamentos/anatomia/pecastgi20.html

2.10.06

Sistema Digestório

Sistema Digestório
DIGESTÃO
"Consiste em um processo físico- químico para obtenção dos nutrientes necessários a sobrevivência do organismo."


O sistema digestório humano é formado por um longo tubo formado por músculatura lisa ( exceto na faringe) - o CANAL ALIMENTAR, ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões; bôca, faringe, esóôfago, estómago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.


DIGESTÓRIO X DIGESTIVO :
(ório = local) (ivo = ato ou ação de)
logo, Digestório é o local onde ocorre a digestão, enquanto digestivo é o ato ou ação de digerir.



Sistema digestório formado pelo Canal alimentar e pelos Anexos

Canal Alimentar
1. Bôca

2. Faringe ( oro e laringofaringe)

3. Esóôfago

4.Estómago

5. Intestino Delgado ( duodeno, jejuno e íleo)

6. Intestino Grosso ( ceco, colons ascendente, transverso, descendente, sigmóide e reto)


A parede do canal alimentar, do esófago ao intestino, é formada por quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia e/ou serosa.



1. Bôca- abertura pela qual o alimento entra no canal alimentar. Aí encontram-se os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação e da salivação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas.

Anexos :
  • Dentes - são anexos da cavidade bucal possuindo a coroa e raíz. A coroa consiste de tecidos mineralizados, o esmalte e dentina . O tecido mineralizado da corôa é cemento e a dentina.

CURIOSIDADES:

  • O tecido vivo, rico terminações nervosas e vascularizado é chamado polpa.
  • Pulpite é o termo aplicado à inflamação da polpa dentária.
  • Periodonto é um conjunto de estruturas que sustentam e protegem o dente, sendo formado por osso, gengiva e liganmebnto periodontal. A inflamação do periodonto é conhecida como Periodontite.
  • Gengivite é uma patologia inicial que envolve a inflamação apenas da gengiva.
  • Gengivite e periodontote estão relacionadas a má higiene bucal, variações hormonais, HIV, tabagismo e alcoolismo.
  • A PERIODONTITE CULMINA COM A PERDA DOS DENTES, mesmo que estes estejam saudáveis.

Dentições Humana :Decídua X Permanente

A dentição decídua é formada por:

2 incisivos, 1 canino, 2 molares por hemiarcada.

A dentição permanente consiste de

2 incisivos, 1 canino, 2 prémolares e

3 molares por hemiarcada

  • Glândulas salivares
  • São em número de 3 pares: parótidas , submandibulares e sublinguais. Produzem saliva, secreção alcalina de pH em torno de 6 ( á base de bicarbonato de cálcio e ptialina - amilase salivar)
  • Funções da saliva: umidecimento, maturação do esmalte, proteção imunológica e maturação do esmalte.

2 . Faringe

Órgão musculomembranoso, tubular, que ese estende da base do crânio até a 6a. vértebra cervical. É um órgão comum aos sistemas respiratório e digestório, servindo como canal alimentar e via aérea.

OBS: ESTRUTURA DO CANAL ALIMENTAR

A partir do esófago, o canal alimentar possui uma estrutura básica comum até o reto.

Esta estrutura consiste em 4 camadas sobrepostas em ordem da mais interna para a mais externa:

  • mucosa - onde encontramos as glândulas secretoras dos sucos gástricos e entéricos;

  • submucosa - localização do plexo nervoso submucoso ou de Messiner, responsável por enviar ao cérebro informações sobre distenção da parede do tubo, acidez, irritações em geral.

  • muscular: longitudina ( externa) ; circular ( interna) - responsável pelos movimentos de massa e peristálticos, também é localização do plexo nervoso mioentérico ou de Auerbach

  • adventÍcia ( esôfago ) e/ ou serosa ( demais partes) - camada mais externa, que nas visceras abdominais é denominada peritôneo visceral.

3. Esófago - órgão muscular, oco, que esta situado entre a faringe e o estômago.Extende-se do pescoço (6a.V.C.) até o abdomem ( 1a.V.L.). Sua mucosa consiste de glândulas mucosecretoras e não tolera acidez do suco gástrico, porisso o refluxo ser tão letal ao esôfago

CURIOSIDADES

Os mecanismos que impedem o refluxo do conteúdo estômago para o esófago falham com facilidade, e essa falência dá origem, à doença mais frequente do esófago: a Doença do Refluxo Gastro-Esofágico ( DRGE ). A DRGE é das doenças mais frequentes do Aparelho Digestivo, e com frequência é causa de má qualidade de vida mas, raramente, tem complicações com alguma gravidade: a Estenose Péptica e o Esófago de Barrett. A maioria dos cânceres de esôfago torácico é do tipo epidermóide. Grande parte dos pacientes com câncer de esôfago é fumante e tem história de ingestão alcoólica. Desnutrição e problemas respiratórios concomitantes são freqüentes, muitas vezes contribuindo para a inoperabilidade. A incidência de adenocarcinoma de esôfago é mais freqüente nos cânceres do terço inferior. Pacientes com refluxo gastroesofagiano e esôfago de Barret têm maior risco de desenvolver câncer. O adenocarcinoma da cárdia tende a invadir o esôfago distal e, na maioria das vezes, deve ser abordado como câncer do esôfago.Outras alterações do esófago, também frequentes, são geralmente anódinas, isto é , não tem significado clínico importante, não exigindo geralmente, nenhum tratamento: Divertículos, Anéis, Membranas, Hérnia do hiato.As Esofagites, Infecciosas ou não, com excepção da esofagite péptica são situações pouco frequentes.

4. Estômago , nos humanos, é a parte docanal alimentar que se dilata formando uma bolsa, situado entre o esôfago e o duodeno. Encontra-se localizado sob debaixo do diafragma, no lado esquerdo do abdomem ( Epigástrio). Apresenta duas comunicações: uma superior chamada cárdia, que o comunica ao esôfago e outra inferior, chamada piloro, que o comunica ao intestino delgado.


O estômago é subdividido em Cárdio, Fundo, Corpo, Antro, Piloro, Curvatura Menor, Curvatura Maior, face Anterior e face Posterior, relacionada com o pâncreas. recebe irrigaçãodo em sua Curvatura Menor pela Artéria Gástrica Esquerda rama direta do Tronco Celíaco e pela Artéria Gástrica Direita ramo da Artéria Hepática Própria. Em sua Curvatura Maior é irrigado pela Artéria Gastroepiplóica Esquerda ramo da Atéria Esplênica e pela Artéria Gastroepiplóica .

A mucosa gástrica consiste das glândulas oxínticas ( presentes principalmente no corpo e fundo) e nas glândulas do antro.

As glândulas oxínticas são formadas por células peodutoras de muco, por células Principais, produtoras de pepsinogênio e por células Parietais, produtoras de HCl e do fator intrínseco

Patologias envolvendo o estômago

-Gastrite - é um termo é usado por endoscopistas, que baseiam seus diagnósticos no que visualizam durante uma exame; por patologistas, que o definem à base de apresentação histológica, que apresenta alterações grosseiras da silhueta da mucosa -.
Na definição exata, gastrite significa inflamação da mucosa do estömago e, em primeira instância, a gastrite deve ser descrita de acordo com critérios histológicos (microscópio).

- Úlceras :
É um processo de corrosão nas paredes do estômago (gástrica) ou do intestino delgado (duodenal). Estatísticas mostram que úlceras duodenais são mais comuns que as gástricas, sendo os dois tipos ainda muito associados pela grande maioria das pessoas ao estresse e aos maus hábitos alimentares – apesar de alguns pesquisadores refutarem veementemente tal associação.

Os principais sintomas: Normalmente, os pacientes se queixam de uma “queimação” ou “sensação de vazio” na boca do estômago. O desconforto é relatado como mais comum nos horários entres as refeições e há mesmo quem reclame de ser acordado à noite pelo mal estar que se instala – e cuja duração pode variar de minutos a horas, dependendo da gravidade da lesão. Também há pacientes que se queixam de enjôo, vômito, perda de apetite e diminuição de peso. Em alguns casos pode haver sangramento que aparece pela boca, como sangue vivo, ou nas fezes, como sangue escuro, até mesmo preto. O sangramento nas fezes pode não ser percebido se a quantidade de sangue for pequena.

Causa a úlcera: Esta é ainda uma questão muito discutida. Como já foi dito, a maioria esmagadora da população acredita que a doença tem relação direta com a vida moderna, que mistura em altas doses o estresse e os maus hábitos alimentares. No entanto, pesquisas que vêm sendo desenvolvidas especialmente a partir da década de 80, põem em xeque esta crença e apontam outras prováveis causas como a infecção por uma bactéria chamada Helicobacter pylori (H.pylori), o uso abusivo dos chamados de anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) e a genética do paciente. A bactéria "Helicobacter Pylori" é hoje objeto de inúmeros estudos que a apontam como a causa mais comum. Ela foi observada pela primeira vez numa análise de biopsias estomacais pelo patologista australiano J.Robin Warren em 1979. Fala-se até na possibilidade de a H. Pylori ser hoje uma das doenças infecciosas mais comuns no mundo.

5. INTESTINOS.

O intestino é a parte do tubo digestivo responsável pela absorção de nutrientes e água. É, devido a sua forma anatômica, dividido em delgado e grosso. O delgado é responsável pela absorção da maioria dos nutrientes e o intestino grosso pela absorção da maior parte da água, dando consistência firme as fezes.

A) Intestino Delgado - É a parte do canal alimentar que vai desde o estômago até ao intestino grosso, estando separado de ambos pelo piloro e pela válvula ileocecal, respectivamente. Consta de três partes: o duodeno, perto do estômago, o jejuno ou parte central, e o íleo, nas proximidades do intestino grosso, o jejuno e o íleo são partes difíceis de se dividir, por tanto podem ser chamados de jejunoíleo. A camada mucosa que reveste o seu interior apresenta invaginações que são as vilosidades intestinais. Estas absorvem as substâncias digeridas. O duodeno recebe a bile, que é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. Recebe também o suco pancreático produzido pelo pâncreas. É nas paredes do intestino delgado que se produz o suco intestinal. A bile é lançada no duodeno e transforma as gorduras em pequenas gotas, ajudando a ação do suco pancreático e do suco intestinal. Com os movimentos do intestino delgado e com a acção dos sucos (pancreático e intestinal) o quimo é transformado em quilo, que é o produto final da digestão.
A digestão dos lipídios só ocore de fato no intestino delgado. Quando se quebra o lipídio obtém-se Ácido Graxo e Álcool, que toma destino para a circulação linfática. Em quanto isso, o carboidrato é quebrado em glicose e a proteína em aminoácidos que vão para a corrente sangüínea que os levarão para as células.
Depois do alimento estar transformado em quilo, os produtos úteis para o nosso organismo são absorvidos pelas vilosidades intestinais, passando para os
vasos sanguíneos, pois, é através da corrente sanguínea que as substâncias absorvidas chegam a todas as células do nosso corpo. A assimilação é a utilização das substâncias para a construção do organismo e para nos fornecer energia.

B- Intestino Grosso - O intestino grosso é a parte final do tubo digestório. Nele distinguem-se três partes: o ceco, onde desemboca o intestino delgado e em que existe um prolongamento em forma de tubo chamado apêndice vermiforme; o cólon (em que, por seu turno, se distinguem três partes: cólon ascendente ou direito, o cólon transverso, que atravessa a cavidade abdominal da direita para a esquerda, e o cólon descendente ou esquerdo) e o recto (ou reto), que faz comunicar o cólon com o exterior através do orifício anal, que apresenta uma dilatação chamada ampola rectal, cujo alargamento desencadeia o acto de defecação. O ânus encontra-se fechado por um músculo chamado esfíncter, situado à sua volta, em forma de anel. No intestino grosso os alimentos não digeríveis são acumulados, sendo-lhes absorvida a água. Também é aí que são armazenadas as fezes, antes de serem evacuadas.

links : http://www.wikipedia.com

http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-bio/trab2004/1ano/figado/site.htm